Sexta-feira, 25 de Agosto, a empresa de cerveja Heineken oficializou o encerramento da venda das suas operações na Rússia para o Grupo Arnest, fixando o valor do negócio em simbólicos 1 euro, que equivale a cerca de R$ 5,26. A determinação de abandonar o mercado russo foi anunciada em 28 de março de 2022, momento em que a empresa expressou a sua preocupação perante a escalada do conflito na Ucrânia.
O prolongado conflito na Ucrânia, estendendo-se por aproximadamente um ano e meio, levou a Heineken a desfazer-se das suas atividades na Rússia. Ao concluir esta venda, a cervejaria prevê uma perda total de €300 milhões (cerca de R$ 1,58 bilhão).
Dolf van den Brink, CEO do grupo, afirmou em comunicado emitido cerca de um mês após o início do conflito na Ucrânia: “Em resposta à escalada contínua do conflito, a Heineken vai suspender a produção, promoção e venda da sua marca na Rússia”.
Com a assunção das operações pelo Grupo Arnest, a responsabilidade pelos 1.800 funcionários da Heineken na Rússia foi transferida para a nova entidade. O Grupo Arnest comprometeu-se a manter esses empregos nos próximos três anos. Adicionalmente, a produção da cerveja Amstel será progressivamente interrompida na Rússia ao longo dos próximos 6 meses.
A decisão da Heineken em sair da Rússia está alinhada com a tendência observada em várias outras empresas ocidentais, que decidiram encerrar as suas operações no país devido ao cenário de conflito.
Em comunicado, a Heineken sublinhou que o Grupo Arnest tem um papel proeminente na produção de latas de embalagem, sendo também o principal produtor russo de produtos cosméticos, utensílios domésticos e embalagens metálicas para o setor de bens de consumo.
Dolf van den Brink reforçou o encerramento deste capítulo, afirmando: “A nossa saída da Rússia está agora concluída. Os desenvolvimentos recentes demonstram os desafios significativos enfrentados pelas grandes empresas industriais ao saírem da Rússia, embora tenha demorado muito mais tempo do que esperávamos”.
