Nascido em Penalva, distante 254 km de São Luís, Aldo Leite era um talentoso ator, diretor, dramaturgo e professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Além disso, ele também havia sido carnavalesco da Escola de Samba Turma do Quinto e atuou como ator e diretor em várias produções, inclusive fora do país. Na UFMA, ele ocupou o cargo de Professor Adjunto do Departamento de Artes.
Uma de suas peças mais famosas, intitulada 'Tempo de Espera', foi premiada com o cobiçado prêmio Molière, uma das maiores honrarias teatrais do Brasil. Sua última obra, 'Rainha da Zona', contou com a direção de Tácito Borralho.
Aldo Leite foi uma das principais figuras das artes cênicas no Maranhão, ao lado de Reynaldo Faray e Tácito Borralho. Ele possuía uma vasta experiência como ator, diretor e autor teatral, sendo reconhecido tanto nacionalmente quanto internacionalmente. Na década de 1970, recebeu o Prêmio Molière como Melhor Diretor de Teatro.
Sua jornada no teatro começou quando ainda era adolescente, encenando esquetes e números musicais no quintal de sua casa e no clube da cidade de Penalva. Ele contava com a participação de seus irmãos, primos e colegas de escola como atores.
Ao se mudar para São Luís com o objetivo de cursar o ensino médio, Aldo Leite conheceu Mary e Ubiratan Teixeira. Ele se juntou ao grupo teatral do Mestre Bira e participou da montagem da peça 'Simbita e o Dragão' de Lúcia Benedetti, apresentada no Teatro Arthur Azevedo.
Durante os anos 60, Aldo Leite conheceu Reynaldo Faray, que o convidou para integrar o elenco de 'Branca de Neve e os Sete Anos', uma produção do Clube das Mães. A partir desse momento, ele passou a fazer parte ativamente do Grupo TEMA - Teatro Experimental do Maranhão, atuando em espetáculos infantis, infanto-juvenis e para adultos.
Posteriormente, Aldo Leite fez vestibular para o curso de Jornalismo em uma parceria entre a Secretaria de Educação do Estado e a USP, já que a UFMA ainda não oferecia esse curso em sua grade curricular. Durante o curso, ele teve a oportunidade de assistir à montagem de "O TEMA Conta Zumbi" de Gianfrancesco Guarnieri. Após a apresentação, ele foi aconselhado por Miroel Silveira e Alberto Guzik, do Departamento de Teatro da USP, a mudar para a Escola de Comunicação e Artes - ECA e cursar Bacharelado em Teatro em São Paulo.
Em 1975, após concluir o curso em São Paulo, Aldo Leite voltou para São Luís e foi contratado pela UFMA para dirigir o Grupo Gangorra, desenvolvendo intensas atividades artístico-culturais com o grupo universitário e o Grupo Mutirão.
Ao longo de sua carreira, Aldo Leite escreveu diversas peças teatrais, incluindo "Tempo de Espera", "A Rainha da Zona", "O Chá das Quintas" e "Maria Arcângela", que foram encenadas em diferentes momentos. Além disso, ele publicou três livros contendo seus textos teatrais.
Como diretor teatral, Aldo Leite deixou sua marca em várias produções, como "Em Moeda Corrente do País" de Abílio Pereira e "Pedreiras das Almas" de Jorge de Andrade, ambas com o Grupo Gangorra. Ele também atuou como ator em diversas peças, tanto em São Luís quanto em São Paulo, participando de montagens como "Morte e Vida Severina" de Cabral de Melo Neto.
Além de seu envolvimento no teatro, Aldo Leite também teve experiências no cinema, atuando nos filmes "A Faca e o Rio" de Nelson Pereira dos Santos e "Carlota Joaquina" de Carla Camurati.
A dedicação e talento de Aldo Leite foram reconhecidos através de vários prêmios ao longo de sua carreira. Ele recebeu prêmios como Melhor Ator no Festival de Teatro de Arcozêlo, Representante da Região Norte II no 1º Festival Nacional de Teatro Amador em Fortaleza, além dos prêmios Molière e MEC/Troféu Mambembe.
Aldo Leite também assumiu cargos importantes, como a presidência da MARATUR (São Luís) e da Fundação Cultural de São Luís.
Com sua partida, Aldo Leite deixou um legado significativo para as artes cênicas do Maranhão e continuará sendo lembrado como um talentoso teatrólogo, diretor, dramaturgo e professor que contribuiu para o desenvolvimento do teatro no Brasil.
